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Desintegração da família: Quando o trabalho é mais importante

Algumas reflexões sobre a importância da satisfação no lar para a autorrealização profissional.

a860219055Um comportamento até há pouco tempo típico dos homens está, cada vez mais, fazendo parte da rotina das mulheres: dedicação total ao trabalho. Estão sendo chamadas de mulheres workaholics – expressão americana que significa compulsão para o trabalho. São mulheres que deixam de lado as tarefas do lar e buscam freneticamente um bom posicionamento no mercado de trabalho.

O resultado para essas mulheres é basicamente o desinteresse pelos assuntos familiares, os conflitos de relacionamento com o marido e filhos e, claro, as frustrações pessoais, afinal, focando apenas na vida profissional, tornam-se insatisfeitas e culpadas na vida pessoal. O lar entra em zona de risco, o casamento se desgasta, mas o pior de tudo é o efeito da rejeição na vida dos filhos.

Assim, caso você esteja sentindo que o trabalho está tomando conta da sua vida e tem sido cobrada por isso, observe os itens abaixo e reflita:

1. Fuga da realidade

Para muita gente, trabalhar em tempo integral, incluindo finais de semana, é uma forma, consciente ou não, de fugir dos problemas íntimos e familiares. Observe o que tem sido isso para você: tem estado muito insatisfeita pessoalmente? A companhia dos colegas de trabalho tem sido mais confortável? Você tem se dedicado a resolver questões de cunho pessoal ou tem preferido fazer de conta que elas nem existem?

2. Lazer é raridade

Faz parte de uma vida saudável de qualquer pessoa ter momentos de diversão e prazer ao lado da família. Se esses momentos têm sido raros em sua vida, vale a pena buscar retomá-los, afinal, família pressupõe companheirismo e parceria; comungar da alegria de estar junto é, pois, de suma importância. Você tem alimentado o desejo de estar com seus familiares? Sente prazer nisso? Qual a periodicidade com que vocês se divertem juntos?

3. Falta de tempo

A vida familiar é constituída também pela troca de afeto, atenção e… Tempo! O diálogo com o marido e filhos é primordial para a harmonia do lar. Também é preciso dedicar um tempo para seus pais, irmãos, familiares de seu cônjuge e amigos. Você conhece a rotina de seus filhos? Mostra-se interessada pela vida de seu cônjuge? Há quanto tempo você não telefona para aquela sua amiga querida? Seus pais e sogros têm recebido a devida atenção que lhes confere, entre outras coisas, a idade?

4. Extremamente conectada

Muitas pessoas enxergam o mundo com tamanha competitividade que exigem de si mesmas 100% de dedicação. Isso inclui estar sempre conectada por meio de notebooks, celulares, reuniões, jantares ou almoços de negócios. São mulheres que não ficam longe da internet e “precisam” saber de tudo em tempo real. Quando você conversa usa ao mesmo tempo o celular? Está conectada o tempo todo? Não se permite momentos de solidão reflexiva ou de conversa animada e desinteressada com familiares e amigos?

Bom lembrar que existem coisas e pessoas imprescindíveis para nossa real felicidade, claro que a autorrealização profissional é importante, mas há que ser acompanhada da realização pessoal.

Para ter qualidade de vida e cumprir o papel de esposa e mãe é preciso lembrar da importância de conviver sadiamente com os afetos e fazer com que o tempo juntos seja fonte de aprendizado, alegria e prazer. Tudo na vida exige bom senso e sabedoria!

Fonte: Familia.com.br